Desenvolvimento de cosméticos veganos: tudo que você precisa saber!
O veganismo é uma um estilo de vida que vem tomando cada vez mais espaço na sociedade atual. Não só nos hábitos alimentares, esta filosofia vem tomando espaço em muitos outros aspectos de vida de quem a segue, como é o caso dos cosméticos.
Antes de desenvolver um cosmético vegano, primeiramente é essencial entender o conceito e tudo que significa o veganismo, não só no mundo dos cosméticos.
O que é o veganismo? Como ter certeza que meu produto é vegano? E os certificados? Vem descobrir tudo isso e mais nesse post!
O que é o veganismo?
De acordo com a “The Vegan Society”, grupo criado em 1944 no Reino Unido, define-se o veganismo como “uma filosofia e estilo de vida que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra animais na alimentação, vestuário e qualquer outra finalidade e, por extensão, que promova o desenvolvimento e uso de alternativas livres de origem animal para benefício de humanos, animais e meio ambiente”.
Assim, no âmbito da alimentação, deixam-se de consumir carnes, ovos, mel, leite e tudo que seja de origem animal. Já no vestiário, não usam-se roupas de couro, seda, lã ou qualquer outro de pele animal, ou que apresentam alguma composição de origem animal.
Na cosmetologia, por sua vez, 3 fatores são levados em consideração no desenvolvimento de cosméticos veganos:
- Não ter ativos de origem animal em sua composição;
- Ser “cruelty-free”, ou seja, não ser testado em animais;
- Seguir princípios ecológicos, sendo um “cosmético verde”.
A seguir, falaremos um pouco mais sobre cada tópico citado acima!
Cosméticos veganos e suas características
Para um cosmético ser certificado corretamente como vegano, ele não deve conter em sua composição ativos de origem animal. Os ativos mais comumente utilizados em produtos não veganos são: colágeno, ureia, lanolina, cera de abelha, ácido retinóico, entre outros.
Atualmente, vários desses componentes já possuem um substituinte vegano ou de origem sintética. No caso dos sintético, abordaremos este tópico mais para frente, explicando um pouco da sua problemática.
Além disso, outra característica obrigatória quando se fala no desenvolvimento de cosméticos veganos é o NÃO teste desses produtos em animais. Infelizmente, pelo seu baixo custo e alta praticidade, o teste em animais é ainda muito utilizado por diversas indústrias, que visam exclusivamente o lucro no seu processo produtivo.
Felizmente, já existem alternativas para que o teste em animais não seja mais necessário para colocar um produto no mercado, tais como: humanos voluntários, cultura de células, tecidos humanos produzidos com a tecnologia 3D, dentre outros.
É importante ressaltar também que a legislação brasileira não proíbe a testagem em animais e nem a comercialização de produtos que fizeram uso dessa prática, o que dificulta a expansão do movimento cruelty-free. Se uma empresa deve seguir as normas para produção e comercialização de um produto, a mudança legislativa nos territórios é fundamental. No Brasil, apenas proíbem atualmente o teste em animais pela indústria cosmética, são eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Paraná, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Pernambuco.
Por fim, o desenvolvimento de cosméticos veganos não deve obrigatoriamente ser ecológica. Porém, ao analisar o contexto geral do veganismo, um produto que se diz vegano e que não visa a preservação e a sustentabilidade do mundo acaba por se tornar contraditório e até mesmo antiético. Esses são caracterizados como pertencentes ao movimento “greenwashing”, que apresentam uma falsa aparência sustentável de um produto.
Cosméticos que usam substituintes sintéticos para ativos de origem animal se enquadram nessa prática. Um exemplo pode ser a troca de cera de abelha por parafina, que é um derivado do petróleo e não é biodegradável.
Por que investir nessa área?
Com a nova preocupação de uma parcela da sociedade com os impactos que suas compras podem causar no mundo, o mercado vegano está em visível crescimento. Por isso, a longo prazo, esse mercado é visto como amplo e lucrativo!
Segundo a DCMAIS, ‘”O mercado de produtos veganos e naturais está em crescimento no Brasil. Cerca de um terço da população se mostra disposta a consumir esses produtos, sendo que esses produtos crescem 20% ao ano, movimentando aproximadamente 4 bilhões por ano.”
Criando um cosmético vegano do zero
Caso você ainda queria uma visão mais ampla sobre o passo a passo mais recomendado na criação de um cosmético vegano, vem ver nossa sugestão:
- Conheça o veganismo;
- Entenda como ele se aplica em uma formulação cosmética;
- Saiba mais sobre as intenções de compra do seu público-alvo;
- Garanta que seu produto tenha a certificação adequada;
Agora que você já sabe mais sobre os cosméticos veganos, que tal entender mais sobre esse mercado? Se você tem interesse em conhecer mais sobre o desenvolvimento de cosméticos ou quer desenvolver seu próprio cosmético vegano, entre em contato conosco!